quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Universidade Estadual promove restauração do acervo arqueo-paleontológico do Ingá

Através de um acordo firmado entre a Prefeitura Municipal do Ingá (PB) e a Universidade Estadual da Paraíba, desde maio deste ano, a coleção arqueo-paleontológica do Museu de História Natural do Ingá, instalado na Fazenda Pedra Lavrada, foi encaminhada a profissionais do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB para seu restaure.
A iniciativa tem como objetivo permitir que a coleção adquira suas feições originais, abandonando o carcomido estado em que se encontrava, e se transformando novamente em ferramentas didáticas para o conhecimento da pré-história às turmas de visitantes que tem como destino o sítio arqueológico Pedra do Ingá.
O acordo estabeleceu o fechamento do museu a visitações, para que o coordenador do LABAP, o arqueólogo Juvandi de Souza Santos, em parceria com o paleontólogo Márcio Mendes, realizassem o processo técnico de restaure de todo acervo fóssil do museu. Assim, várias peças foram coladas, impermeabilizadas e ganharam suas feições anatômicas originais.
Dois meses foram necessários para que o processo pudesse ser integralmente concluído e mais algum tempo foi necessário para que a Prefeitura do Ingá, através da Secretaria de Turismo, pudesse resgatar o acervo nas dependências do LABAP e reorganizá-lo em suas salas originais. A Prefeitura do Ingá se encarregou de viabilizar a pintura das dependências internas do museu, bem como dar suporte a quaisquer expedientes necessários a estruturação das instalações.

Beneficiamentos
Em uma outra parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a Prefeitura Municipal, foram concedidas ao sítio arqueológico sinalizações de visitação e uma cerca de proteção, restringindo a área próxima às inscrições rupestres para que sejam preservadas das ações de vândalos.
No dia 1º de setembro, toda a reestrutura foi informalmente inaugurada, com novos aparatos que atendem exatamente a preservação do lugar. Hoje, o museu se encontra mais aprazível para a contemplação do acervo e as inscrições estão resguardadas do público, que costumava se debruçar por sobre os painéis, contribuindo, de certa forma, com as intempéries que os desgastavam.
O apoio mútuo entre instituições, órgãos públicos e sociedade civil tem se tornado mais evidente, como conseqüência de ações denunciativas da UEPB e de outros pesquisadores ao longo dos últimos anos, cuja união de esforços oficiais e não-oficiais fazem crer que a preservação do patrimônio possa ser efetivamente possível.
A integração entre a sociedade e os poderes públicos mostrou-se imprescindível para que sejam preservados, por várias gerações, os equipamentos públicos de conhecimento e questionamento do passado, neste caso, o sítio arqueológico mais famoso do Brasil, a Pedra do Ingá.

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