domingo, 21 de setembro de 2008

Município de Ingá

















Ingá, município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na mesorregião do Agreste e na microrregião de Itabaiana.
Índice
1. História de Ingá-PB

2. Geografia de Ingá - PB
3. Rodovia de Ingá - PB
4. Administração - PB
5. Pedra de Ingá

História de Ingá-PB
Fundação: 3 de novembro de 1840
No Interior da Paraíba existe este pequeno município chamado Ingá e ficou famoso por causa de uma pedra misteriosa cheia de segredos. Por volta de 1599, por ocasião da bandeira explorada organizada pelo terceiro governador da Capitania Real da Parahyba - Feliciano Coelho de Carvalho - houve o primeiro contato do homem branco com as terras o município de Ingá.
Ao subir o Rio Paraíba. a bandeira chegou à confluência do rio Ingá seguiu o seu curso e deteve-se no lugar hoje denominado Pedra Lavrada onde ficam os famosos petroglífos que ficam a três kilometros abaixo da atual sede municipal. Do relatório de viagem de Feliciano Coelho consta à descoberta de grandes pedras com letreiros indecifráveis, no leito de um afluente do Rio Paraíba.
A povoação dessas terras só teria se iniciado no século XVII a partir de pousadas sombra de enormes ingazeiros (dai o nome de origem) que então existiam à margem do rio, sendo que o primeiro aglomerado de gente foi a antiga povoação do Bacamarte, justamente no local onde hoje está ponte de cimento armado que liga os bairros de que é constituída a cidade. Por essas terras passavam e paravam os tropeiros que se dirigiam para o sertão, bem como os missionários que, buscando a catequese dos índios Cariri e teriam, provavelmente, seguido ás margens do Rio Paraíba alcançando o Rio Ingá. Como é natural as primeiras rotas seguiam sempre o curso dos rios, O primitivo caminho de penetração do Pilar, fundada em 1670, Fagundes e Bacamarte, não havia na zonada caatinga outras povoações nem qualquer pouso.
Em meados do século XVII já se encontravam instalados na região do Ingá alguns pequenos sitiantes e grandes criadores de gado. Apesar de, nessa área, a criação bovina ter sido realizada em fazendas bem menos extensas que as do sertão inclusive, utilizando cercas para prender o gado, surgindo grandes propriedades com construções de capelas dedicada a Nossa Senhora da Conceição, em tomo da qual se formou um povoado que prosperaram graças às condições favoráveis da área para o cultivo de algodão e de culturas como milho e o feijão.
Em 03 do novembro de 1840, no governo do Presidente de província Francisco Xavier’ Monteiro da França, através da Lei n° 06, a povoação do Ingá foi elevada á categoria de Vila com o nome de Vila do Imperador, tendo no ano seguinte adquirido a condição de freguesia sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição. Esse foi um processo cheio de atropelos, com uma seqüência de decretos que, ora revogavam a criação da Vila (1841 ), ora voltavam a cria-la (1853).
Na verdade o nome oficial “Vila do Imperador” jamais chegou a convencer alguém. Nem seus moradores, nem intelectuais, nem mesmo os governantes. Os relatórios desse se referiam sempre á Vila como sendo a do Ingá. Sendo assim... Em 23 de maio de 1846, a Vila do Imperador passou a chama-se Vila do Ingá definitivamente.
Geografia de Ingá-PB
O município do Ingá se encontra na base das escarpas orientais do Planalto da Borborema no agreste da Paraíba, sob as coordenadas 7°16’04”de latitude sul e 35°36’41” de longitude oeste. De clima quente e seco onde as temperaturas variam entre 22°C e 35°C. - De natureza periódica o riacho Ingá do bacamarte passou a ser artificialmente perene devido o depósitos de esgotamentos de dejeções da cidade do Ingá. Durante o inverno, em decorrência das precipitações pluviais, suas águas passam na frente do conjunto principal da pedra do Ingá submergindo parte dos registros pré-históricos. Acrescidas de impurezas urbanas, as águas do riacho apresentam um alto nível de acidez e junto ao material aluvial, em atrito com a superfície rochosa, acelera o processo de deterioração dos registros rupestres.
O conjunto arqueológico da Pedra Lavrada do Ingá, vale iterar, encontra-se no leito do riacho denominado Ingá ou Bacamarte, um afluente da margem esquerda do rio Paraíba de curso temporário com aproximadamente 60 km de curso, cuja nascente parte do bairro de Nova Brasília, em Campina Grande, e deságua na localidade Dois Riachos, no município de Mogeiro. Toda a extensão do Riacho, no inverno, corre de forma violenta deixando fortes marcas em seu leito. Isso porque sua nascente encontra-se no alto do planalto da Borborema e seu curso se dá por uma de suas vertentes das mais suaves, logo uma das mais longas. Assim, ele não forma cachoeiras que poderiam amortecer sua descida. Vencida a brusca diferença altimétrica o Bacamarte se encaixa na calha do rio Paraíba que lhe força uma nova descida forte até a desembocadura. O conjunto do Ingá, localizado em seu médio curso, fica parcialmente submerso nesse período e susceptível aos choques de material aluvial trazido pela forte correnteza.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2008 sua população era estimada em 18.677 habitantes.
A cidade de Ingá é conhecida por suas itacoatiaras (pedras pintadas, em língua tupi), inscrições rupestres feitas em pedras, provavelmente, pelos indígenas, muito antes dos europeus chegarem ao continente americano. Não se conseguiu ainda decifrar o significado de tais inscrições.
Em Ingá, se encontra aproximadamente a 95,6km de João Pessoa, são famosas as pedras que relembram a pré-história.
Ela Limita-se com os municípios de Mogeiro, Itatuba, Fagundes, Riachão do Bacamarte, Serra Redonda , Juarez Távora e Campina Grande.
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
07° 16' 04" S 35° 36' 46" O
Estado: Paraíba
Mesorregião: Agreste Paraibano IBGE/2008 [1]
Microrregião: Itabaiana IBGE/2008 [1]
Municípios limítrofes
Mogeiro, Itatuba, Fagundes, Riachão do Bacamarte, Serra Redonda, Juarez Távora e Campina Grande
Distância até a capital: 95,6 quilômetros
Características geográficas
Área: 197,9 km²
População: 18.168 hab. est. IBGE/2007
Densidade: 59,5 hab./km²
Altitude: 18 metros
Clima: semi-árido
Fuso horário: UTC-3
Indicadores Socio-econômicos
IDH: 0,565 médio PNUD/2000 [3]
PIB: R$ 44.290 mil IBGE/2005 [4]
PIB per capita: R$ 2.578,00 IBGE/2005 [4]

Rodovia de Ingá-PB:


PB-90
BR-408
Administração de Ingá-PB:

Prefeito: Luiz Carlos Monteiro (Lula)
Vice-prefeito: Saulo Burity
Presidente da câmara: Pierre

 Pedra de Ingá:
    

A Pedra do Ingá é atualmente um dos monumentos arqueológicos mais significativos do mundo, situada no município de Ingá no interior da Paraíba . Além de ser um dos mais belos e até pode ser nomeado intrigante e interessante.
Trata-se de um conjunto de pedras, onde há inscrições, cujas traduções são desconhecidas. Têm sido apontadas diversas origens, e há quem defenda origem extraterrestre.
Nessas pedras estão esculpidas várias figuras diversas, representando animais, frutas, humanos, constelações e até a Via Láctea.
A Itacoatiara de Ingá ou Pedra Lavrada de Ingá, na Paraíba, é sem dúvida a mais famosa gravura rupestre do Brasil. No meio do riacho Ingá do Bacamarte, perto da sede do município e a 37 quilômetros de Campina Grande, a Pedra do Ingá é muito visitada, e é grande o perigo de depredação e ruína do monumento. Está situada numa série de blocos de gneiss que estrangula o rio, formando pequenas cascatas e reservatórios d’água. No centro do pedregal, um enorme bloco de 24 metros de largura e três metros de altura com inscrições rupestres. Os desenhos foram realizados seguindo-se uma linha contínua e uniforme, insculpida na rocha, de três centímetros de largura e seis a sete milímetros de profundidade. Relata L. F. Clerot (1969) que até 1953, o conjunto de blocos gravados era bem maior, mas um grupo de trabalhadores enviados pelo proprietário das terras destruiu grande parte do pedregal para a fabricação de lajes de pavimentação. Com a intervenção do Patrimônio Histórico foi suspensa a demolição. Clovis Lima (1953) confirma o fato ao afirmar que as inscrições ocupavam uma área de aproximadamente 1.200 metros quadrados.
Na atualidade, além do grande painel existem alguns grafismos isolados nas proximidades, muito gastos, tanto pela ação das águas como pelas pisadas dos visitantes. Nenhuma inscrição rupestre do Brasil foi tema de tanto interesse para eruditos e pseudo-cientistas como a Itacoatiara de Ingá. A beleza e a complexidade da Itacoatiara de Ingá parecem exigir do arqueólogo respostas que dificilmente ele poderia dar atendendo às informações que até hoje a arqueologia fornece nesses casos.
Ocaso da gravura de Ingá é ainda mais complexo, pois é em muitos aspectos, um caso único, fato que dificulta ainda mais a filiação étnica da famosa Itacoatiara. Existem semelhanças com outros grafismos encontrados na região do Seridó e nos Cariris Velhos, mas, como conjunto gráfico homogêneo na técnica, na organização e aproveitamento do espaço gráfico e na indubitável mensagem que o painel gravado transmite, a Itacoatiara de Ingá é única.
Por essa razão as interpretações que a Pedra Lavrada de Ingá, tem sofrido, vão desde as explicações e “traduções” mais desvairadas - nas quais não faltam gregos fenícios e outros visitantes transatlânticos ou transpacíficos - até explicações lógicas, porém impossíveis de serem cientificamente demonstradas. A verdade é que os grafismos de Ingá não oferecem nenhuma explicação fácil e lógica e é até possível que a sua finalidade fosse precisamente essa e que, através dos séculos, estejam conseguindo seu propósito o autor ou os autores dos petróglifos. O seu grande poder reside, exatamente, no mistério. Nenhum sítio pré-histórico com pinturas ou gravuras rupestres, em todo o Brasil, atraiu tantas pessoas dispostas a opinar e decifrar, como a Pedra do Ingá, cujo impacto visual impressiona os leigos e desafia a arqueologia.
















Descrição dos processos intempéricos na Itacoatiara do Ingá

O Monólito do Ingá, conhecido como pedra lavrada ou Itacoatiara do Ingá. Localizado proximidades da cidade do mesmo nome, apresenta-se como um grande bloco de rocha gnaisse, emergente do leito do rio ingá.
O conjunto arqueológico da Pedra Lavrada do Ingá, vale iterar, encontra-se no leito de uni riacho denominado Ingá ou Bacamarte, um afluente da margem esquerda do rio Paraíba de curso temporário com aproximadamente 60 km de curso, cuja nascente parte do bairro de Nova Brasília, em Campina Grande, e deságua na localidade Dois Riachos, no município de Mogeiro. Toda a extensão do Riacho, no inverno, corre de forma violenta deixando fortes marcas em seu leito. Isso porque sua nascente encontra-se no alto do planalto da Borborema e seu curso se dá por uma de suas vertentes das mais suaves, logo uma das mais longas. Assim, ele não forma cachoeiras que poderiam amortecer sua descida. Vencida a brusca diferença altimétrica o Bacamarte se encaixa na calha do rio Paraíba que lhe força uma nova descida forte até a desembocadura. O conjunto do Ingá, localizado em seu médio curso, fica parcialmente submerso nesse período e susceptível aos choques de material aluvial trazido pela forte correnteza.
De natureza periódica o riacho Ingá do bacamarte passou a ser artificialmente perene devido o depósitos de esgotamentos de dejeções da cidade do Ingá. Durante o inverno, em decorrência das precipitações pluviais, suas águas passam na frente do conjunto principal submergindo parte dos registros pré-históricos. Acrescidas de impurezas urbanas, as águas do riacho apresentam um alto nível de acidez e junto ao material aluvial, em atrito com a superfície rochosa, acelera o processo de deterioração dos registros rupestres.
O desmatamento ciliar é outro fator a ser observado, pois a falta de sombra impõe á Pedra do Ingá um permanente processo natural de erosão devido aos choques térmicos (termoclastia) decorrentes da ação do aquecimento equatorial diurno é do resfriamento da noite. Este processo contínuo tende a contrair e dilatar a pedra provocando a perda gradativa de suas camadas superiores, levando consigo os registros gravados no suporte rochoso. Manuel Gonzales Morales, catedrático de pré-história da universidade espanhola de Cantábria, em 1994, denunciava que na Pedra do Ingá. Nos últimos anos, a descamação vinha ocorrendo de maneira acelerada, fato que também poderia estar associado aos abalos sísmicos no ato das pisadas constantes sobre o lajedo.
Como vemos o conjunto rupestre do Ingá não corresponde hoje ao que foi, quando feito no longínquo passado ignoto. A cada dia este importante documento arqueológico vem se desgastando por meios naturais e antrópicos, por isso, sugerimos que algo seja feito para a salvaguarda deste patrimônio da humanidade. Nossa sugestão seria uma passarela uma de acesso suspensa por sobre o lajedo e um reflorestamento da área para amenizar o processo de compressão e dilatação do rochedo, todavia, este empreendimento compete aos órgãos públicos, pois exige um desvio parcial do curso do rio bacamarte. Recentemente, professor da UEPB Juvandi de Souza Santos, em conjunto com uma equipe de escoteiro-mirins, plantou diversas mudas de árvores nativas tentando recompor a mata ciliar do riacho nas proximidades da Pedra do Ingá, mas, infelizmente, estas foram varridas pela força das enxurradas. Estas mesmas também varreram uma proteção que cercava os painéis.